terça-feira, 26 de novembro de 2019

Padre Pio e as santas almas

 Pela mesma época, o Padre Pio disse a Frei Alberto de outra aparição de uma alma do purgatório, que também se produziu na mesma época. Ele disse: Uma noite, quando estava absorto na oração no coro da pequena igreja fui sacudido e perturbado pelo som de passos, velas e jarros de flores que se moviam no altar-mor.
Pensei que alguém devia estar ali, e gritei: “Quem é?”. Ninguém respondeu.
Voltando à oração, me molestaram de novo os mesmos ruídos. De fato, esta vez tive a impressão de que uma das velas, que estava em frente da imagem de Nossa Senhora das Graças, tinha caído.
Com vontade de ver o que estava sucedendo no altar, me pus de pé, me aproximei da grade e vi, à sombra da luz da lâmpada do Tabernáculo, um irmão jovem fazendo um pouco de limpeza.
Eu pensei que ele era o Padre Leone que estava reestruturando o altar; e como já estava na hora do jantar me aproximei dele e lhe disse:
“Padre Leone, vá jantar, não é hora para tirar o pó e consertar o altar”
Mas uma voz que não era a voz do padre Leone me respondeu: “Eu não sou o Padre Leone”,
“E quem é você?”, lhe perguntei.
“Eu sou um irmão seu que fez o noviciado aqui, minha missão era limpar o altar durante o ano do noviciado. Desgraçadamente em todo esse tempo eu não reverenciei a Jesus Sacramentado, Deus Todo-poderoso, como devia fazê-lo, enquanto passava diante do altar. Causando grande aflição ao Santo Sacramento por minha irreverência; porque O Senhor se encontrava no tabernáculo para ser honrado, louvado e adorado. Por este sério descuido, eu ainda estou no Purgatório. Agora, Deus, por sua misericórdia infinita, me enviou aqui para que você decida o tempo de quando que eu poderei desfrutar do Paraíso. E para que você cuide de mim.”
Eu acreditei ter sido generoso com essa alma em sofrimento, por que exclamei: “você estará amanhã pela manhã no Paraíso, quando eu celebrar a Santa Missa”.
Essa alma chorou: “Cruel de mim, que malvado fui. Então chorou e desapareceu.”
Essa queixa me produziu uma ferida tão profunda no coração, a qual senti e sentirei durante toda minha vida. De fato eu tinha podido enviar essa alma imediatamente ao Céu mas eu o condenei a permanecer uma noite mais nas chamas do Purgatório.”

Um dia estava o Padre Pio no monastério conversando com outro irmão, já era muito tarde e o Padre Pio decidiu se retirar porque ele era encarregado de fechar todas as portas, de apagar as luzes, etc. Se vai seu companheiro a dormir e o Padre Pio tranca a porta da entrada, mas quando volta pelo corredor e dá de cara com um senhor de óculos e gravata. Um tipo normal, como da rua. O Padre Pio perguntou quem era e como havia entrado se estavam às portas fechadas. O cavalheiro respondeu que tinha entrado pela porta. Então este senhor lhe roga que não lhe feche às portas e que só queria falar um minuto com o Padre Pio.

Apresenta-se, lhe dá pena e lhe convida a entrar em uma salinha para conversar. O homem se desafoga e lhe disse que está sofrendo muitíssimo porque tem um problema familiar muito grave. Toda sua família está brigando por sua culpa e não sabe como solucionar. O Padre Pio explica um pouco como deve rezar, que deve primeiramente pedir perdão a Deus, reparar os pecados com a oração e com sacrifícios. Enfim, lhe anima e dá esperança a este senhor de óculos e gravata. Mas quando terminam de falar o Padre Pio lhe convida para sair. O senhor se mostra muito agradecido. E quando estão saindo pela porta até o corredor o Padre Pio dá volta para deixar-lhe passar. Quando volta a olhar o senhor havia desaparecido. E o Padre Pio, que era muito gracioso e tinha um caráter muito alegre disse: “Deus meu, outra alma do purgatório, só acontece comigo estas coisas”.

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