quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Ai de quem escandalizar a um só destes pequeninos

"Uma crônica manuscrita do século XIII narra isto:
“Um nosso irmão da Província da Saxônia voltava para o convento após uma pregação, quando lhe anunciaram que haviam falecido dois religiosos: o Padre Guardião e o Padre Vigário”.
Eis o que sucedeu. Na seguinte noite o padre estava em oração, quando vê entrarem na cela os dois defuntos cheios de esplendores e de uma beleza incomparável. Trêmulo de emoção, pergunta-lhes:
— Como vos achais?
 — Salvos pela misericórdia de Deus, — respondem os bem-aventurados — e gozamos da visão beatífica.
 — Não passastes pelo fogo do purgatório?
 — Não, porque fizemos nosso purgatório no fogo da pobreza e Deus a aceitou em expiação. Fiquem todos sabendo que nenhum de nossos irmãos irá para o purgatório se observar fielmente a Regra de São Francisco e a santa pobreza, porque o crisol da pobreza purifica tudo. Unde noveris quod nullus, servans Regulam Beati Francisci et sanctam paupertatem ejus, purgatorii poenas sustinet quia per caminum paupertatis omnia purgantur.

O Terceiro Franciscano aí no século, trazendo oculto sob as vestes do mundo o hábito do Pai Seráfico, fiel à Regra, não tem uma garantia segura do céu? A santa Regra das Ordens e Congregações religiosas e das Ordens Terceiras, é sempre uma garantia de salvação, e ou livra ou alivia muito o purgatório a sua observância. Efetivamente, nestes muitos anos de aprendizado sobre as almas padecentes, também temos anunciado as mesmas verdades: o sofrimento das almas consagradas no Purgatório é dobrado, e isso na medida em que descumprem de seu ministério, e na medida em que são causa de prejuízo espiritual para as pessoas que Deus lhes confiou.

Aos padres relapsos se poderá aplicar sem medo de erra aquela frase de Jesus: ai de quem escandalizar a um só destes pequeninos, melhor fora atar uma pedra ao pescoço e se atirar ao mar... Por exemplo: um sacerdote que se negue a atender uma pessoa em confissão, e ela venha a falecer em estado de pecado por culpa dele, a alma poderá até se salvar devido ao desejo e na medida de seu arrependimento e contrição, mas o padre pagará a conta dela, com juros e multas. Imaginem hoje comunidades inteiras que deixam de ser atendidas pelos padres, porque alegam muitos outros trabalhos, ou que aceitaram a mentirosa teologia de que pecado não existe mais. Pois pela mesma experiência que temos neste assunto, podemos afirmar que ele pagará a conta de todos, e é de tal forma que simplesmente não existe, para qualquer padre ou bispo católico, missão mais importante do que aquela do confessionário. Não que a Santa Missa seja menos importante, mas se o padre tiver que optar entre atender em confissão uma pessoa em estado de pecado grave, ou celebrar uma Missa, ele deve atender primeiro a alma, até porque a Missa não perdoa pecados graves, apenas os veniais, conforme ensina a Santa Igreja.

 Nós temos também diversos depoimentos de almas sacerdotais, que contam de seus duros sofrimentos no Purgatório, especialmente aqueles que seguem as falsas teologias, como a comunista da “libertação”, que é totalmente contrária aos ensinamentos de Jesus. Qualquer padre, com um mínimo de Espírito Santo, perceberá que aquilo não presta, muito pelo contrário é uma doutrina de satanás, porque desvirtua o sentido da Palavra Deus, mascara as verdades mais sagradas, e atenta contra a fé católica. Nenhum sacerdote que siga a teologia da libertação terá um argumento sequer para se defender diante do Juiz, assim que morrer. E assim seu Purgatório será extremo. De nada adiantará alegar que o bispo mandou assim, porque o bispo mentiu usando falsamente a doutrina de Jesus. E mais uma coisa, se ele insistir no comunismo, seu caminho não é o Purgatório e sim o inferno, destino dos réprobos. Todo sacerdote que não luta tenazmente contra o comunismo diabólico, e que não se arrepende disso diante de Deus, não terá contemplação na hora da justiça. E isso se aplica também aos santos ensinamentos da Igreja, à obediência que se deve ter quanto ao Catecismo da Igreja, e com as Sagradas Escrituras. Ninguém é obrigado a seguir no erro, nem se há de furtar ao Juiz se insistir em negar a verdade.

 Neste sentido, há que entender hoje que existe uma FALSA igreja, embutida dentro da santa e verdadeira Igreja, que se intitula de verdadeira, mas não é. Sacerdote que não percebe isso, com absoluta certeza não reza o suficiente, não tem mais as luzes do Espírito Santo e é um “guia cego conduzindo cegos”, como bem falou Jesus. E o lugar de guias cegos quando morrem não é o Céu diretamente, mas o Purgatório onde aprenderá que a Missão do sacerdote não é satisfazer as necessidades físicas do homem, mas as necessidades espirituais. Ali ele aprenderá na dureza extrema da dor, que a missão do sacerdote deve ser realizada entre o Confessionário – onde se torna santo – e o Sacrário, de onde recebe a Luz e a Fortaleza, e não nas periferias. Cesta básica não justifica padre algum, só o condena se fizer só isso. Outra coisa que resulta em duros purgatórios aos padres se dá por causa do “orgulho teológico” que os faz se acharem deuses, incapazes de errar, e não necessitados de ouvir qualquer advertência quando erram em termos de doutrina. Este orgulho insano acontece com todos os padres que não mais rezam, e se tornam assim mercenários da fé e é quando se fecham a ação do Espírito Santo. De fato, em relação aos padres, de milhares de paróquias, a coisa que mais tenho ouvido é a dificuldade de fazer com que um sacerdote escute, que aceite quando errou e se corrija. A imensa maioria dos padres se tornou arrogante, não escuta, não quer saber, e fica irado com quem o tenta corrigir, ou alerta para o engano. Para estes, o Purgatório é especialmente duro, e é quando aprendem a humildade do Mestre.

 Enfim, podemos também afirmar, sem medo algum de errar, que a imensa maioria dos padres que hoje falece, ganha o Céu não pela força de sua ação e por seu zelo apostólico, mas sim por causa dos fiéis que rezam por eles. São as orações dos fiéis que percebem a arrogância do padre e que rezam por eles, que lhes dão o purgatório, e não o inferno como muitos mereceriam. Aliás, se um sacerdote for causa da perda eterna de uma alma, se por sua exclusiva responsabilidade alguém vai para o inferno, dificilmente ele escapa do mesmo destino.

 Nós temos histórias de santos, como São Cipriano, que ficaram 1750 anos no purgatório, e outros orgulhosos – como certo doutor da Igreja – que ficou 1497 anos sofrendo até aprender a baixar a cabeça, se tornar manso e humilde para então ganhar o Céu. Houve um sacerdote que, durante mais de 1400 anos sofria o purgatório, tendo na boca um enorme saco de 50 quilos, e isso ele ganhou porque as pessoas sabiam que ele era mau e rezaram por ela. Como Deus ama os sacerdotes de modo especial, este escapou do inferno que merecia. Eis uma prova da gravidade da tibieza sacerdotal.
Sem humildade, sem vida de oração, sem obediência à verdadeira Igreja, sem amor pelas almas que Deus lhes confiou, nenhum padre escapa da vara duríssima da justiça. Se uma mãe de família paga duríssimo pela má catequese dos filhos, mil vezes mais pagará um sacerdote que não cumpre fielmente a missão que Deus lhe confiou.

Fonte: http://rainhadetodosospovos.blogspot.com.br/

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