quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Aceitação da cruz pelas almas

O sofrimento é fecundo e vai frutificar além das fronteiras da vida, vai aliviar as chamas do purga­tório. Nesta vida faz tanto bem e repercute tanto nas almas! Pois devemos crer que também na outra vida o sofrimento salva e resgata a dívida das pobres al­mas da Igreja padecente. Ouvi esta página de uma grande alma: “O sofrimento, escreve a admirável Elizabeth Leseur, o sofrimento atua de um modo im­petuoso em nós, primeiro, por uma espécie de renovamento íntimo, em outros também, talvez muito lon­ge e sem que saibamos neste mundo o trabalho que fa­zemos por eles. O sofrimento é um ato. Cristo fez mais na cruz pela humanidade do que falando e trabalhan­do na Galiléia ou em Jerusalém. O sofrimento faz a vida: ele transforma tudo o que toca e tudo o que atinge”.

“O sofrimento é um ato”. Que fórmula impres­sionante! Convém guardá-la. Trabalha quem sofre bem. Pode salvar almas como o apóstolo da palavra, como o sacerdote missionário mais ativo e ardente. A grande missionária dos últimos tempos, o Anjo do Carmelo de Lisieux, pôde dizer e experimentou o va­lor do sofrimento pela salvação das almas. “Pelo so­frimento e a perseguição, disse ela, muito mais que por brilhantes pregações, Deus quer firmar o Seu Reino nas almas. Nossos sacrifícios, nossos esforços e os mais obscuros de nossos atos não estão perdidos, é minha opinião absoluta: todos têm repercussão lon­gínqua e profunda”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário