sábado, 21 de dezembro de 2019

Auxílio, Auxílio, sofremos muito!

O que é o Purgatório?


É uma prisão de fogo na qual quase todas as almas salvas são submersas depois da morte e na qual sofrem as mais intensas penas.
Aqui está o que os maiores doutores da igreja nos dizem acerca do Purgatório.
Tão lastimoso é o sofrimento delas que um minuto desse horrível fogo parece ser um século.
Santo Tomás Aquino, o príncipe dos teólogos, disse que o fogo do Purgatório é igual em intensidade ao fogo do inferno, e que o mínimo contato com ele é mais aterrador que todos os sofrimentos possíveis desta terra! Santo Agostinho, o maior de todos os santos doutores, ensina que para serem purificadas de suas faltas antes de serem aceitas no Céu, as almas depois de mortas são sujeitas a um fogo mais penetrante e mais terrível do que nenhum que se possa ver, sentir ou conceber nesta vida.
Ainda que este fogo está destinado a limpar e purificar a alma, disse o Santo Doutor, ainda é mais agudo que qualquer coisa que possamos resistir na Terra.
São Cirilo de Alexandria não duvida em dizer que "seria preferível sofrer todos os possíveis tormentos na Terra até o dia final que passar um só dia no Purgatório".
Outro grande Santo disse: Nosso fogo, em comparação com o fogo do Purgatório, é uma brisa fresca ".
Outros santos escritores falam em idênticos termos desse horrível fogo.
Como é que as penas do Purgatório são tão severas? O fogo que vemos na Terra foi feito pela bondade de Deus para nossa comodidade e nosso bem estar.
Às vezes é usado como tormento, e é o mais terrível que podemos imaginar.
O fogo do Purgatório, pelo contrário, está feito pela Justiça de Deus para penar e purificar-nos e é, por conseguinte, incomparavelmente mais severo.
Nosso fogo, como máximo, arde até consumir nosso corpo; feito de matéria, pelo contrário o fogo do Purgatório atua sobre a alma espiritual, a qual é inexplicavelmente mais sensível a pena.
Quanto mais intenso é o fogo, mais rapidamente destrói a sua vitima; a qual, por conseguinte cessa de sofrer; por quanto o fogo do Purgatório infligi a mais aguda e a mais violenta pena, mas nunca mata a alma nem lhe tira a sensibilidade.
Tão severo como é o fogo do Purgatório, é a pena da separação de Deus, a qual a alma também sofre no Purgatório, e esta é a pena mais severa.
A alma separada do corpo deseja com toda a intensidade de sua natureza espiritual estar com Deus.
É consumida de intenso desejo de voar até Ele.
Ainda é retida, e não há palavras para descrever a angustia dessa aspiração insatisfeita.
Que loucura, então, é para um ser inteligente como o ser humano negar qualquer precaução para evitar tal espantoso feito.
É infantil dizer que não pode ser assim, que não o podemos entender, que é melhor não pensar ou não falar dele.
O feito é que, seja o cremos ou não, todas as penas do Purgatório estão mais altas do que podemos imaginar ou conceber.
Estas são as palavras de São Agustinho.
Sobre o Purgatório, Pode tudo isto ser verdade? A existência do Purgatório é tão certa que nenhum católico tem tido nunca uma duvida acerca dele.
Foi ensinado desde os tempos mais remotos pela Igreja e foi aceita com indubitável fé quando a Palavra de Deus foi pregada.
A doutrina é revelada na Sagrada Escritura e crida por milhões e milhões de crentes de todos os tempos. Ainda, tal como o temos remarcado, as idéias de alguns são tão vagas e superficiais neste tema tão importante, que são como pessoas que cerram seus olhos e caminham deliberadamente no fio de um precipício. Seria bem em recordar que a melhor maneira de cortar nossa estadia no Purgatório - o ainda mais, evitá-lo é ter uma clara idéia dele, e de pensar bem nele e adotar os remédios que Deus nos oferece para evitá-lo.
Não pensar nele é fatal. É cavar a si mesmos a fossa, e preparar para eles mesmos um terrifico, largo e rigoroso Purgatório.
O Príncipe Polaco
Houve um príncipe polaco, que por uma razão política, foi exilado de seu pais natal, e chegado à França, comprou um lindo castelo ali.
Desafortunadamente, perdeu a Fé de sua infância e estava, ocupado em escrever um livro contra Deus e a existência da vida eterna. Dando um passeio uma noite em seu jardim, se encontrou com uma mulher que chorava amargamente. Perguntou-lhe o porquê de seu desconsolo.
"Oh, príncipe, ela replicou, sou a esposa de John Marie, seu mordomo, o qual faleceu faz dois dias. Ele foi um bom marido e um devoto servente de Sua Alteza.
Sua enfermidade foi larga e gastei todos os recursos em médicos, e agora não tenho dinheiro para ir a oferecer uma Missa por sua alma "".
O príncipe, tocado pelo desconsolo desta mulher, lhe disse algumas palavras, e ainda que professava já não crer mais na vida eterna, lhe deu algumas moedas de ouro para ter a Missa por seu defunto esposo.
Um tempo depois, também de noite, o Príncipe estava em seu estúdio trabalhando febrilmente em seu livro.
Escutou um ruidoso tocar a porta, e sem levantar a vista de seus escritos, convidou a quem fosse a entrar.
A porta se abriu e um homem entrou e parou frente ao escritório de Sua Majestade.
Ao levantar a vista, qual não seria a surpresa do Príncipe ao ver a John Marie, seu mordomo morto, que o olhava com um doce sorriso.
Príncipe, lhe disse, "venho a agradecer-lhe pelas Missas que você permitiu que minha mulher encomendasse por minha alma. Graças ao Salvador Sangue de Cristo, oferecido por mim, vou agora ao Céu , mas Deus me permitiu vir aqui e agradecer-lhe por suas generosas esmolas".
Logo o agregou solenemente "Príncipe, há um Deus, uma vida futura, um Céu e um Inferno".
Dito isto, desapareceu.
O Príncipe caiu de joelhos e recitou um Credo.

Santo Antônio e seu amigo 

Aqui há uma narração de diferente classe, mas não menos instrutiva.
Santo Antônio, o ilustre Arcebispo de Florência, relata que um piedoso cavaleiro havia morrido, o qual tinha um amigo em um convento Dominicano no qual o Santo residia.
Varias Missas foram sufragadas por sua alma.
O Santo se afligiu muito quando, depois de um prolongado lapso, a alma do falecido lhe apareceu, sofrendo muitíssimo.
"Oh meu querido amigo" exclamou o Arcebispo, estás todavia no Purgatório, tu, que levaste tal piedosa e devota vida?".
"Assim é, e terei que permanecer aqui por um largo tempo" replicou o pobre sofredor, "pois em minha vida na terra fui negligente em oferecer sufrágios pelas almas do Purgatório.
Agora, Deus por seu justo juízo aplica os sufrágios que deviam ser aplicados por mim, em favor daqueles pelos quais devia ter rezado".
"Mas Deus, também, em sua justiça, me dará todos os méritos de minhas boas obras quando entrar ao Céu ; mas, primeiro de todo, tenho que expiar minha grave negligência de não me lembrar dos outros".
Tão certas são as palavras de Nosso Senhor "Com a vara com que medes serás medido".
Recorda, tu que lês estas linhas, o terrível destino desse piedoso cavaleiro será o daqueles que deixam orar e recusam ajudar as Santas Almas.


Leia-me ou lamenta-me

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