"Uma crônica manuscrita do século XIII narra isto:
“Um
nosso irmão da Província da Saxônia voltava para o
convento após uma pregação, quando lhe anunciaram que
haviam falecido dois religiosos: o Padre Guardião e o Padre
Vigário”.
Eis o que sucedeu. Na seguinte noite o padre
estava em oração, quando vê entrarem na cela os dois defuntos cheios de esplendores e de uma beleza
incomparável. Trêmulo de emoção, pergunta-lhes:
— Como vos achais?
— Salvos pela misericórdia de Deus, — respondem os
bem-aventurados — e gozamos da visão beatífica.
— Não passastes pelo fogo do purgatório?
— Não, porque fizemos nosso purgatório no fogo da
pobreza e Deus a aceitou em expiação. Fiquem todos
sabendo que nenhum de nossos irmãos irá para o
purgatório se observar fielmente a Regra de São Francisco e
a santa pobreza, porque o crisol da pobreza purifica tudo.
Unde noveris quod nullus, servans Regulam Beati
Francisci et sanctam paupertatem ejus, purgatorii poenas
sustinet quia per caminum paupertatis omnia purgantur.
O Terceiro Franciscano aí no século, trazendo oculto sob
as vestes do mundo o hábito do Pai Seráfico, fiel à Regra,
não tem uma garantia segura do céu?
A santa Regra das Ordens e Congregações religiosas e
das Ordens Terceiras, é sempre uma garantia de salvação, e
ou livra ou alivia muito o purgatório a sua observância.
Efetivamente, nestes muitos anos de aprendizado sobre
as almas padecentes, também temos anunciado as
mesmas verdades: o sofrimento das almas consagradas no
Purgatório é dobrado, e isso na medida em que
descumprem de seu ministério, e na medida em que são
causa de prejuízo espiritual para as pessoas que Deus lhes
confiou.
Aos padres relapsos se poderá aplicar sem medo
de erra aquela frase de Jesus: ai de quem escandalizar a
um só destes pequeninos, melhor fora atar uma pedra ao
pescoço e se atirar ao mar...
Por exemplo: um sacerdote que se negue a atender uma
pessoa em confissão, e ela venha a falecer em estado de
pecado por culpa dele, a alma poderá até se salvar devido
ao desejo e na medida de seu arrependimento e contrição,
mas o padre pagará a conta dela, com juros e multas.
Imaginem hoje comunidades inteiras que deixam de ser
atendidas pelos padres, porque alegam muitos outros
trabalhos, ou que aceitaram a mentirosa teologia de que
pecado não existe mais.
Pois pela mesma experiência que temos neste assunto,
podemos afirmar que ele pagará a conta de todos, e é de
tal forma que simplesmente não existe, para qualquer padre ou bispo católico, missão mais importante do que
aquela do confessionário. Não que a Santa Missa seja
menos importante, mas se o padre tiver que optar entre
atender em confissão uma pessoa em estado de pecado
grave, ou celebrar uma Missa, ele deve atender primeiro a
alma, até porque a Missa não perdoa pecados graves,
apenas os veniais, conforme ensina a Santa Igreja.
Nós temos também diversos depoimentos de almas
sacerdotais, que contam de seus duros sofrimentos no
Purgatório, especialmente aqueles que seguem as falsas
teologias, como a comunista da “libertação”, que é
totalmente contrária aos ensinamentos de Jesus. Qualquer
padre, com um mínimo de Espírito Santo, perceberá que
aquilo não presta, muito pelo contrário é uma doutrina de
satanás, porque desvirtua o sentido da Palavra Deus,
mascara as verdades mais sagradas, e atenta contra a fé
católica. Nenhum sacerdote que siga a teologia da
libertação terá um argumento sequer para se defender
diante do Juiz, assim que morrer. E assim seu Purgatório
será extremo. De nada adiantará alegar que o bispo
mandou assim, porque o bispo mentiu usando falsamente a
doutrina de Jesus.
E mais uma coisa, se ele insistir no comunismo, seu
caminho não é o Purgatório e sim o inferno, destino dos
réprobos. Todo sacerdote que não luta tenazmente contra o
comunismo diabólico, e que não se arrepende disso diante
de Deus, não terá contemplação na hora da justiça. E isso
se aplica também aos santos ensinamentos da Igreja, à
obediência que se deve ter quanto ao Catecismo da Igreja,
e com as Sagradas Escrituras. Ninguém é obrigado a seguir
no erro, nem se há de furtar ao Juiz se insistir em negar a
verdade.
Neste sentido, há que entender hoje que existe uma
FALSA igreja, embutida dentro da santa e verdadeira Igreja,
que se intitula de verdadeira, mas não é. Sacerdote que não
percebe isso, com absoluta certeza não reza o suficiente,
não tem mais as luzes do Espírito Santo e é um “guia cego
conduzindo cegos”, como bem falou Jesus. E o lugar de
guias cegos quando morrem não é o Céu diretamente, mas
o Purgatório onde aprenderá que a Missão do sacerdote não
é satisfazer as necessidades físicas do homem, mas as
necessidades espirituais. Ali ele aprenderá na dureza extrema da dor, que a missão do sacerdote deve ser
realizada entre o Confessionário – onde se torna santo – e o
Sacrário, de onde recebe a Luz e a Fortaleza, e não nas
periferias. Cesta básica não justifica padre algum, só o
condena se fizer só isso.
Outra coisa que resulta em duros purgatórios aos padres
se dá por causa do “orgulho teológico” que os faz se
acharem deuses, incapazes de errar, e não necessitados de
ouvir qualquer advertência quando erram em termos de
doutrina. Este orgulho insano acontece com todos os padres
que não mais rezam, e se tornam assim mercenários da fé
e é quando se fecham a ação do Espírito Santo. De fato, em
relação aos padres, de milhares de paróquias, a coisa que
mais tenho ouvido é a dificuldade de fazer com que um
sacerdote escute, que aceite quando errou e se corrija. A
imensa maioria dos padres se tornou arrogante, não escuta,
não quer saber, e fica irado com quem o tenta corrigir, ou
alerta para o engano. Para estes, o Purgatório é
especialmente duro, e é quando aprendem a humildade do
Mestre.
Enfim, podemos também afirmar, sem medo algum de
errar, que a imensa maioria dos padres que hoje falece,
ganha o Céu não pela força de sua ação e por seu zelo
apostólico, mas sim por causa dos fiéis que rezam por eles.
São as orações dos fiéis que percebem a arrogância do
padre e que rezam por eles, que lhes dão o purgatório, e
não o inferno como muitos mereceriam. Aliás, se um
sacerdote for causa da perda eterna de uma alma, se por
sua exclusiva responsabilidade alguém vai para o inferno,
dificilmente ele escapa do mesmo destino.
Nós temos histórias de santos, como São Cipriano, que
ficaram 1750 anos no purgatório, e outros orgulhosos –
como certo doutor da Igreja – que ficou 1497 anos sofrendo
até aprender a baixar a cabeça, se tornar manso e humilde
para então ganhar o Céu. Houve um sacerdote que, durante
mais de 1400 anos sofria o purgatório, tendo na boca um
enorme saco de 50 quilos, e isso ele ganhou porque as
pessoas sabiam que ele era mau e rezaram por ela. Como
Deus ama os sacerdotes de modo especial, este escapou do
inferno que merecia. Eis uma prova da gravidade da tibieza
sacerdotal.
Sem humildade, sem vida de oração, sem obediência à
verdadeira Igreja, sem amor pelas almas que Deus lhes
confiou, nenhum padre escapa da vara duríssima da justiça.
Se uma mãe de família paga duríssimo pela má catequese
dos filhos, mil vezes mais pagará um sacerdote que não
cumpre fielmente a missão que Deus lhe confiou.
Fonte: http://rainhadetodosospovos.blogspot.com.br/
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